“Um traidor será sempre um traidor”: As duras palavras de Macaco sobre Jorge Costa e a ausência de Sandra Madureira do funeral do eterno ‘capitão’

Jorge Costa foi um símbolo do FC Porto, lendário capitão, tanque da defesa e é uma figura que jamais será esquecida por todos aqueles que vivem com devoção o universo portista. No entanto, nos últimos anos acabaria por gerar polémica ao virar costas àquele que foi o seu presidente de sempre, Pinto da Costa, para apoiar a lista concorrente de André Villas-Boas que, com a vitória, o empregaria na estrutura do clube com um cargo de direção.
Uma atitude que levou ao corte de relações com Pinto da Costa e também a duras palavras proferidas pelo então líder dos Super Dragões Fernando Madureira. “Um traidor será sempre um traidor”, afirmaria sobre o antigo central, depois de ter vindo a público o apoio a André Villas-Boas e também uma entrevista em que Jorge Costa admitia ter comido caracóis com o pai de Rui Costa na Damaia, de onde o benfiquista é natural.
O caso mereceria resposta de Costa, sendo que a crispação era evidente. “As pessoas são livres de opinarem. Se eu gosto ou não, isso é outra coisa. Sou livre também de opinar e de estar aqui. O que quero é que continuem a apoiar o FC Porto, como sempre fiz e sempre farei. Não há uma única pessoa acima do FC Porto”, reagiu.
Certo é que, apesar das divergências, Jorge Costa marcaria presença no último adeus a Pinto da Costa, não escondendo a tristeza pela partida daquele que foi o seu presidente no FC Porto. No entanto, o mesmo não aconteceu nas suas cerimónias fúnebres. Não só a família do antigo líder portista esteve ausente como Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira, que se encontra a cumprir pena de prisão, não marcou presença, mostrando que nem a notícia mais triste faz esquecer aquilo que se passou.
A DOR DE SÉRGIO CONCEIÇÃO E O PERDÃO DA MULHER
Se para a família de Pinto da Costa e para o clã Madureira não houve perdão, com Sérgio Conceição foi bem diferente. Irmãos de balneário, os dois tinham-se zangado há alguns anos mas na hora do adeus o treinador marcou presença, mostrando que perante um acontecimento desta magnitude, nada disso importa.
“Fizemo-nos homens mais depressa, prescindimos dos devaneios de juventude para cumprir o sonho de sermos profissionais de futebol. Caminhamos juntos no FC Porto, no Standard Liège, na seleção, conquistamos títulos, partilhámos a fúria pela vitória, nos jogos, nos treinos. Rimos muito, chorámos às vezes, e assim se construiu uma amizade para a vida. E sim, também foste o maior amigo que tive no futebol e quem contigo privou sabe que do teu coração brotava tanta bondade como vontade de ganhar. Descansa em paz Jorge, és e serás sempre o Bicho, o capitão que nunca se rendeu”, foram as emocionantes palavras deixadas por Conceição.
Numa outra esfera, mais íntima, também a primeira mulher de Jorge Costa, Isabel, esqueceria as desavenças do passado, nomeadamente a suposta polémica da violência doméstica e o complicado divórcio para estar ao lado dos filhos no último adeus ao eterno capitão azul e branco.