André Villas-Boas: “Eu castigo-me muito pelo fracasso” (vídeo)

Expansão internacional para ter mais adeptos: “Para que o FC Porto se estabeleça nos EUA, por exemplo, precisamos da adesão emocional das pessoas, que o nosso clube não tem atualmente. A única coisa que podemos fazer, em condições normais e que estamos a tentar fazer, é tentar recolher os dados de turistas que visitam o nosso estádio e visitam o Porto, para que, ao longo do tempo, continuem ligados ao FC Porto e se tornem nosso adeptos. Queremos fazer isso também nos estatutos do clube, queremos criar novos tipos de sócio, em que não tens direito de voto, mas possas ser um adepto gold, silver ou platinum. A partir daí, talvez possamos criar uma ligação emocional ao clube.”
Como lida com o fracasso? “Eu castigo-me muito pelo fracasso. Aliás, foi o que me fez reinventar e adaptar-me a diferentes culturas. Tive muito sucesso como treinador do FC Porto, mudei-me para o Chelsea e falhei lá, por diferentes motivos. Pelos resultados, mas também pela forma como tentei aplicar a minha liderança e os meus métodos. Readaptei-me a partir do impacto negativo dessa experiência. Há um grande impacto na minha família, em temas pessoais. Tentas ganhar alguma imunidade, mas eu sofro muito. Tento é usar isso como uma forma de melhorar. Serve de experiência. Em Portugal, tudo o que seja estar fora do primeiro lugar significa fracasso. O Benfica e o FC Porto falharam esta época, por exemplo.”