O FC Porto foi submetido a uma nova avaliação financeira pelo Comité de Controlo Financeiro da UEFA (CFCB) na passada segunda-feira, como parte do processo de monitorização para garantir que o clube está a tomar medidas concretas para melhorar a sua saúde financeira. Este controlo faz parte do acompanhamento regular do organismo, após uma multa aplicada ao clube a 19 de abril, que só foi divulgada a 17 de maio, já depois das eleições no clube.
Há outro controlo agendado para dezembro, mas, por agora, a situação está estável, graças ao esforço significativo realizado em julho para cumprir os requisitos do Regulamento de Licenciamento de Clubes e Sustentabilidade Financeira da UEFA. Na altura, o FC Porto apresentou provas de que tinha resolvido dívidas pendentes, como salários, impostos e pagamentos a outros clubes.
O clube tem até 15 de outubro para corrigir eventuais problemas identificados na recente monitorização. A equipa liderada pelo CFO José Pereira da Costa tem mantido um diálogo aberto com a UEFA e credores, garantindo que as contas estão em ordem.
Este processo de controlo segue-se à decisão de maio do CFCB, que impôs uma suspensão condicional ao FC Porto de um ano das competições europeias, válida apenas se o clube não cumprir os requisitos de fair-play financeiro entre 2025/26 e 2027/28. O clube também foi multado em 1,5 milhões de euros por dívidas a outros clubes, funcionários e autoridades fiscais.
Este cenário é um legado da época 2023/24, e é crucial que o FC Porto cumpra os prazos financeiros nas épocas seguintes. Outros clubes portugueses, como o Vitória de Guimarães e o SC Braga, também foram penalizados por dívidas, com multas de 200 mil e 40 mil euros, respetivamente. O Vitória, no entanto, corre o risco de exclusão das competições europeias caso não normalize as suas contas até à época 2024/25, embora o clube tenha garantido que já regularizou a situação.
